Pato-mergulhão – espécie aquática

Pato-mergulhão – Mergus octosetaceus

O pato-mergulhão brasileiro é um das dez aves aquáticas mais ameaçadas no mundo, possivelmente com menos de 250 pássaros existentes.

Sua distribuição é restrita ao centro-sul do Brasil, e partes do Paraguai e Argentina. A espécie habita rios e ribeiros limpos, com corredeiras e águas calmas, cercada por florestas e com abundância de peixes. Além de ser naturalmente rara, tem sido afetada por diversas atividades humanas que interferem direta ou indiretamente com os seus habitats.

Esta espécie é o único representante da Tribo Mergini (Anatidae, Anseriformes) no hemisfério sul.Para um leigo, o pato-mergulhão brasileiro pode lembrar o biguá (Phalacrocorax brasilianus), que pode ocorrer nos mesmos lugares que o pato-mergulhão. Mas não é difícil distinguir estas duas espécies.

O Pato-mergulhão é magro, escuro, e de tamanho médio, com uma crista tipicamente longa na parte de trás da cabeça. As asas são castanho acinzentado. Cabeça e pescoço escuro com reflexos metálicos verde escuro, melhor visto sob a luz solar. O peito é cinza pálido com estreitas listras mais escuras. A crista da cabeça é maior nos machos do que fêmeas.

Mergulhão se alimenta basicamente de pequenos peixes que captura durante os mergulhos, apesar de macroinvertebrados aquáticos também contribuir para a sua dieta. Muitas vezes, antes de mergulhar, buscam a presa apenas a cabeça submersa. Mergulhos podem durar 15 a 20 segundos, e até 30 segundos águas mais profundas.

A espécie passa os dias intercalando períodos de forrageamento e descanso. Geralmente, eles descansam em pedras ou galhos que se projetam para fora da água.

Eles permanecem sempre alerta. Em qualquer sinal de perigo, eles imediatamente entram na água. Na maioria das vezes, eles voam perto da água, seguindo o curso de água, no entanto eles também podem voar mais alto (cerca de 20 m de altura).

O Pato-mergulhão é um nadador eficiente e até mesmo o jovem passa facilmente por fortes corredeiras.

Os casais desta espécie mantêm seus territórios bem defendido durante todo o ano. Eles são monogâmicos. O mesmo par vive junto por muito tempo.








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